A presente tese apresenta e analisa os principais repertórios utilizados pelo movimento ambientalista para influenciar políticas públicas no Brasil e nos Estados Unidos, duas democracias presidencialistas. Nos dois países, as ONGs ambientalistas conseguem, de maneira efetiva, exercer influência sobre a formulação, a aprovação e a implementação da legislação ambiental. No Brasil, a maior efetividade se dá por meio de projetos de campo que acabam se transformando em políticas. Nos EUA, as organizações se destacam, sobretudo, pela prática do lobby e pela bem-sucedida mobilização de cidadãos para influenciar processos
decisórios. Em ambos os países, a presença de tomadores de decisão comprometidos com a questão ambiental, especialmente no poder Executivo, se mostrou determinante para o sucesso do movimento. Adicionalmente, o elevado grau de profissionalização e a reconhecida expertise científica do movimento brasileiro e norte-americano foram constatados, contribuindo enormemente para legitimar as organizações como importantes atores nos processos políticos.